segunda-feira, 4 de outubro de 2010

TRAIÇÃO À MINEIRA

O amigo chega pro Carzeduardo e fala:
- Carzeduardo, sua muié tá te traino co Arcide.
- Magina!! Ela num trai eu não. Cê tá inganado, sô.
- Carzeduardo! Toda veiz qui ocê sai pra trabaiá, o Arcide vai pra sua casa e prega ferro nela.
- Duvido! Ele não teria corage....
- Mais teve! Pode confiri.
Indignado com o que o amigo diz, o Carzeduardo finge que sai de casa, sesconde dentro do guarda-roupa e fica olhando pela fresta da porta.
Logo vê sua mulher levando o Arcide para dentro do quarto pra começar a sacanage.
Mais tarde, ele encontra com o amigo, que lhe pergunta o que houve. E então, o Carzeduardo relata cabisbaixo:
- Foi terrive di vê!!!... ele jogou ela na cama, tirou a brusa... E os peito caiu... Tirou a carcinha... E a barriga e a bunda dispencaro... Tirou as meia... E apariceu aquelas varizaiada toda, as perna tudo cabiluda. E eu dentro do guarda roupa, cas mãos no rosto, pensava:
'Ai...qui vergonha que tô do Arcide!!!'

DIPROMA

O velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala, proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por ali. Ele chama:
- Diproma, vai falar para sua avó trazer um cafèzinho aqui pra visita!
E o amigo estranha:
- Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
- É meu neto! Eu chamo ele assim porque mandei a minha filha estudar em Beozonte e ela voltou com ele!

MUIÉ MINEIRA

Os dois cumpadres pitavam o cigarrim de paia e prosiavam. Um deles pergunta:
- Ô cumpadre, cumé que chama mesmo aquela coisa que as muié tem (faz um sinal com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, é vermeia e que come terra?
- Uai...quentim... vermeia..? A gente gosta? Uái sô, só pode ser xoxota. Mas eu num sabia que comia terra, sô!!!
O outro dá uma pitada no cigarro:
- Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu treis fazenda.

CUNVERSA DE MINEIRIM

- Cumpadi, muié é bicho estranho, num é mêsss???
- Num gosta di pescá....
- Num gosta di futebor...
- Num sabi contá piada...
- Num toma umas pinguinha....
- Óia, cumpadi....si num tivesse xoxota, eu nem cumprimentava

TREM CAIPIRA

Uma mulher estava esperando o trem na estação ferroviária de Varginha, quando sentiu uma vontade de ir urgentemente ao banheiro. Foi....
Quando voltou, o trem já tinha partido. Ela começou a chorar.
Nesse momento, chegou um mineiro, compadeceu-se dela e perguntou:
- Purcaus diquê qui a sinhora tá chorano?
- É que eu fui urinar e o trem partiu....
- Uai, dona! Por caus dissu num precisa chorá não...tenho certeza bissoluta qui a sinhora já nasceu com esse trem partido....

SUTILEZA MINEIRA

O cumpadi, há muito tempo de olho na cumadi, aproveitô a ausência do cumpadi e resolveu fazer uma visitinha para ver se ela não carecia de arguma coisa... Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam acostumados a ficar a sós.... falaram sobre o tempo....
- Será qui chove?
- Pois é.....
Ficô um grande silêncio..... Aí, o cumpadi se enche de corage e resorve quebrá o gelo:
- Cumadi....qui qui ocê acha: trepemo ou tomemo um café?
- Ah, cumpadi...cê mi pegô sem pó.....

NUDEZ MINEIRA

Dois cumpadre de Uberaba tavam bem sossegadim fumando seus respectivo cigarrim de paia e proseano. Conversa vai, conversa vem, eis que a certa altura um deles pergunta pro outro:
- Cumpadre, u quê quiocê acha desse negóço de nudez?
No que o outro respondeu:
- Acho bão, sô!
O outro ficou assim, pensativo, meditativo...e perguntou de novo:
- Ocê acha bão purcaus diquê, cumpadre?
E o outro:
- Uai! É mió nudês do que nunosso, né mesmo?

Os três ultimos desejos de Alexandre o GRANDE

Quando à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus três últimos desejos:

1º Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2º Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros
conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...);

3º Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à
vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos,

Perguntou a Alexandre quais as razões desses pedidos?

Alexandre explicou:

1º Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que
eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2º Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas
possam ver que os bens materiais aqui conqui stados, aqui permanecem;

3º Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver
que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

* Pense nisso... Não deixe de correr atrás de seus sonhos, mas não se
esqueça de viver intensamente e de usufruir de seus sentimentos e emoções,
pois as coisas materias são importantes para nós, porém elas ficam, já as
emoções e sentimentos nascem e morrem com a gente. *




"TER TEMPO É UMA QUESTÃO DE PREFERÊNCIA"